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Dor Abdominal em Crianças: Como Identificar, Prevenir e Agir com Segurança 💎🧸✨

  • Foto do escritor: Carolina Supino
    Carolina Supino
  • 9 de nov. de 2024
  • 5 min de leitura

Atualizado: 16 de nov. de 2024


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A dor abdominal em crianças: como lidar com segurança?


A dor abdominal é uma queixa comum em crianças e pode preocupar pais e cuidadores. Diferenciar uma dor passageira de algo mais sério nem sempre é fácil, principalmente porque crianças pequenas têm dificuldade em descrever o que sentem. Este guia oferece um caminho claro para identificar as causas, reconhecer sinais de alerta e agir de forma segura, trazendo tranquilidade para você e sua família.


O Que Pode Causar Dor Abdominal em Crianças?


A dor abdominal pode ter diferentes causas e ser um reflexo de condições tanto leves quanto graves. Aqui estão algumas das causas mais comuns:


1. Gastroenterites e Infecções


  • Viroses e infecções intestinais são frequentes em crianças e, normalmente, causam dor abdominal, febre, diarreia ou vômito.

  • Infecções urinárias e respiratórias podem causar dor abdominal secundária, especialmente em infecções de vias aéreas e na presença de febre alta.


2. Constipação e Dieta


  • A constipação é uma causa muito comum de dor abdominal, geralmente acompanhada de menos de três evacuações por semana, dificuldade para evacuar ou fezes ressecadas.

  • Alimentos também podem desencadear dores, principalmente quando há intolerâncias alimentares (como a lactose) ou alergias alimentares.


3. Apendicite e Outras Condições Cirúrgicas


  • Apendicite é uma emergência médica e, geralmente, causa dor no lado direito do abdômen, febre e perda de apetite. Em casos complicados, pode ocorrer perfuração, tornando o tratamento imediato essencial.

  • Outras condições, como a torção do ovário em meninas e obstruções intestinais, também podem estar associadas a dores intensas.


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4. Estresse e Ansiedade


  • A dor abdominal também pode ter uma causa emocional, especialmente em crianças que lidam com estresse ou ansiedade. Este tipo de dor é conhecido como dor abdominal funcional e costuma estar associada a situações de pressão, como mudanças na rotina ou preocupações escolares.


5. Causas Crônicas e Condições Médicas Persistentes


  • Doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e colite ulcerativa, e condições hereditárias podem causar dor abdominal crônica.

  • Migrâneas abdominais também são possíveis e, apesar de incomuns, devem ser consideradas, especialmente em crianças com histórico familiar de enxaquecas.


Quando se Preocupar? Sinais de Alerta


Nem toda dor abdominal requer uma ida imediata ao médico, mas alguns sinais sugerem que é importante buscar atendimento especializado:

  • Febre persistente ou acima de 38,5 °C

  • Dor intensa que não melhora e requer analgésicos potentes

  • Vômitos persistentes ou presença de bile (vômito verde)

  • Perda de peso ou recusa prolongada para se alimentar

  • Fezes com sangue ou diarreia grave

  • A criança se encontra muito quieta, sem disposição para brincar


Se você observar um desses sinais, procure orientação médica para uma avaliação mais detalhada.


 Como é Feito o Diagnóstico?


O diagnóstico de dor abdominal em crianças inclui uma análise cuidadosa da história clínica e exame físico, além de alguns exames laboratoriais e de imagem, quando necessário.

  1. Exame Físico – O médico verificará a localização da dor, sinais de inflamação e outros sintomas associados.

  2. História Clínica – Perguntas sobre hábitos alimentares, rotinas e histórico familiar são importantes para identificar a causa.

  3. Exames de Imagem e Laboratoriais – Ultrassom, raio-X, exames de sangue e de urina ajudam a esclarecer a causa em casos de suspeita de infecção, apendicite ou outras condições específicas.


Tratamento e Manejo


O tratamento varia conforme a causa e a gravidade dos sintomas:

  • Casos Leves e Funcionais – Em condições leves, a orientação é promover descanso, hidratação e uso de medicamentos leves, como analgésicos ou antiespasmódicos.

  • Tratamento com Antibióticos – Para infecções bacterianas, antibióticos são recomendados. Nos casos de infecção urinária, por exemplo, eles são eficazes em aliviar os sintomas rapidamente.

  • Cirurgia – Quando se trata de apendicite ou outras causas cirúrgicas, a intervenção é necessária para prevenir complicações.


Além disso, é importante manter uma dieta equilibrada e rica em fibras para evitar constipação, e, em casos de dor funcional, criar um ambiente acolhedor que ajude a criança a expressar suas emoções pode fazer uma grande diferença.


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Algoritmo de Investigação para Pais e Cuidadores


Aqui está um guia simplificado para ajudar a entender os passos iniciais:

  1. Avaliação Inicial – Observe a localização e intensidade da dor, presença de febre, vômito e hábitos intestinais.

  2. Sinais de Alerta – Verifique se há sinais como febre alta, dor intensa, diarreia com sangue ou vômito com bile.

  3. Busque Orientação Médica – Em caso de sinais de alerta ou se a dor persistir por mais de 24 horas, procure ajuda médica.

  4. Mantenha-se Atento – Após a consulta, observe a evolução da criança e siga o plano de cuidado, que pode incluir dieta especial e acompanhamento.


Dicas para Aliviar o Desconforto


Para ajudar a criança a se sentir mais confortável, você pode:

  • Incentivar a hidratação – Ofereça água em pequenos goles.

  • Criar um ambiente acolhedor e calmo – Reduzir estímulos externos pode ajudar em casos de dor funcional.

  • Utilizar compressas mornas na região abdominal pode ajudar a relaxar o local, aliviando a dor leve.


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